Certo dia, vi uma reportagem do Jornal Hoje no quadro Tô de folga sobre a cidade de Itararé e Sengés (que fica ao lado). Sou apaixonada por cachoeiras, e quando vi já coloquei na cabeça: É pra lá que eu vou nas férias!
Localizado perto da divisa dos estados do Paraná e São Paulo, a cidade de Itararé em tupi-guarani significa “pedra que o rio cavou”, pois o rio Itararé corre em um leito rochoso que foi sendo desgastado pela correnteza formando altos paredões, grandes cachoeiras e belas grutas, Itararé pertence a São Paulo.
Chegamos a noite, e fomos ver os preços dos Hotéis, a diária variava de 50,00 reais a 200,00 por pessoa.
Foi então que encontramos o Hotel Globo.
O site era feinho, mas o hotel é bem mais bonito que nas fotos, ele é antigo, mas a limpeza e o café da manhã são ótimos.
A cidade possui alguns guias turísticos, mas como estávamos acostumados a conhecer tudo por contra própria, fomos apenas atrás de um centro turístico (que toda cidade possui) para pegar algumas orientações. Chegamos lá, estava fechado, o período da estagiária havia acabado no dia anterior, os moradores falaram para irmos até a prefeitura. Chegando lá fomos a secretaria de turismo, e descobrimos que o funcionário da prefeitura era dono de uma agência de turismo da cidade, mas é claro que ele não estava trabalhando (funcionário público), acabaram nos contando que ele iria inaugurar uma pizzaria que havia comprado (mais hein?!) e por isso não estava por lá.
Engraçado que quando o jornal da globo foi lá, tudo foi muito bem orientado, muito bem lindo, já pra gente as coisas foram diferentes.
Decidimos então, ir até uma agência de turismo, e por azar o guia turístico estava indo viajar, foi aí então, que ele pegou um papel e uma caneta e começou a nos passar as orientações dos pontos turísticos e como chegar, já que no GPS não tinha nenhuma informação.
A maioria das cachoeiras, são fechadas/particulares, nem sempre o dono deixa o portão dele aberto, principalmente quando ele está fazendo “algo” por lá. Existe muita mas muitaaaa extração de madeira nessa região, e não sei dizer se 100% é legalizado.
DIA 1
Passeio leve, diversos lugares diferentes para apenas ver e tirar fotos, sem trilhas.
– Cachoeira do Corisco – 106 metros (fechada)
– Canion do Vale do Itararé (não fomos pois onde moro é cheio)
– Poço do encando, nascente borbulhante (é propriedade particular e estava fechado a entrada)
– Cachoeira do Lajeado Grande (Véu da noiva)
– Gruta da Barreira (localizada bem na entrada de Itararé)
Acabei adicionando os 2 últimos lugares pois os 2 que íamos estavam fechados para visitação
Essa cachoeira é maravilhosa, parece uma praia (perfeita pra quem gosta de areia, o que não é o meu caso!)
Dentro da Gruta!
Saindo da Gruta
DIA 2
Passeio pesado, trilha que passa por 8 cachoeiras e um dia inteiro de caminhada, neste passeio fomos obrigados a pegar um guia, e com razão, pois a maior parte não existe “trilha” nos campos.
– Rota das Cachoeiras (cachoeira da Cabeceira, Bugres, Lageado, Veadinhos, Jaguaricatu, Poço fundo e Invernada)
Antes de tudo, prepare-se, use um bom tênis velho, e um chapéu!
Achei que ia morrer da picada =(
DIA 3
Passeio leve, de carro entre cidades
– Trilha do Túnel (Túnel de trem desativado, cerca de 800 metros, o pessoal aluga 4×4 pra passar)
– Vale do Codó
– Cachoeira do Lago Azul
A região é repleta de belezas naturais, é uma pena que o turismo seja tão pobre e pouco valorizado.